Sabe como funciona o teste de stress no crédito habitação? Será que a sua família conseguiria passar neste teste? Descubra o que implica o teste de stress e as novas diretrizes do Banco de Portugal.
Quando contrata um crédito habitação, a sua taxa de esforço não deve ultrapassar os 35%. Mas o que acontece se as taxas de juro subirem? Conseguirá manter uma taxa de esforço aceitável? Por isso, para créditos com taxa variável, os bancos devem realizar um teste de stress.
O teste de stress avalia se a sua família consegue pagar as prestações do crédito mesmo que os juros aumentem. Este teste de stress, atualmente de 1,5%, é somado à taxa de juro dos novos créditos da casa, valor a partir do qual se simula a prestação da casa que uma família poderá pagar num cenário de subida dos juros na mesma dimensão. A taxa de esforço não deve exceder 50%, conforme as diretrizes do Banco de Portugal. Ou seja, não pode destinar mais de 50% dos seus rendimentos mensais ao crédito habitação se a Euribor aumentar.
Graças a esta medida, espera-se que mais famílias consigam obter crédito habitação e que o montante solicitado ao banco possa ser maior.
Com a subida da Euribor, havia cada vez mais famílias com dificuldade em aceder ao crédito habitação por causa do teste de stress. Tendo em conta que a Euribor chegou aos 4%, o teste de stress supunha calcular a prestação mensal com taxas de juro superiores a 7% (porque ainda é preciso somar o spread).
Contudo, é muito improvável que as taxas de juro atinjam estes valores. A título de referência, a Euribor nunca atingiu valores superiores 5.5%. Por isso, o Banco de Portugal reviu as percentagens que os bancos vão passar a aplicar no teste de stress. A partir de outubro de 2023, o teste de stress para novos créditos será:
Portanto, com as novas regras do Banco de Portugal, o teste de stress passou para metade e reflete os máximos históricos da Euribor. Prevê-se que, graças a esta medida, mais famílias possam aceder ao crédito habitação e que o montante que podem pedir ao banco seja maior.
Imagine uma família com rendimentos mensais de 3.000€ que precisa de um empréstimo de 200.000€ com uma taxa de juro de 5% (Euribor a 4% e spread de 1%) a 30 anos (360 meses). A prestação da casa será de 1.073,64€ por mês. Neste caso, a taxa de esforço é de 35,78%.
Com um teste de stress que assume uma subida 3%, teríamos de calcular a prestação com 8% de juro. A prestação mensal passaria para 1.467,53€, o que eleva a taxa de esforço para 48,91%. É possível que o banco não aprove o empréstimo, pois os valores estão no limite.
No entanto, com as novas regras, a taxa de juro “só” aumenta para 6.5%. Nesse caso, a prestação mensal seria 1.264,14% e a taxa de esforço estaria nos 42,14%, o que é um valor muito mais confortável, tornando mais provável a aprovação do crédito.
Com a descida das taxas de juro, o Banco de Portugal poderá ajustar a fórmula da taxa de esforço e aumentar o teste de stress para proteger as famílias de possíveis oscilações futuras.
Se procura apoio para conseguir o seu crédito habitação, conte com a nossa equipa. Analisamos a sua situação, avaliamos o montante máximo que pode solicitar, o prazo do empréstimo e a sua taxa de esforço, para encontrarmos juntos as melhores condições para si e para a sua família.
Acompanhamos todo o processo de financiamento: realizamos várias simulações, comparamos as melhores propostas do mercado e garantimos um apoio personalizado, desde o primeiro contacto até à aprovação do crédito habitação.
Solicite uma simulação sem compromisso e esclareça todas as suas dúvidas.
Fale connosco — estamos aqui para ajudar!
Tópicos relacionados com Protectus
Copyright © 2023 - 2025 | Todos os direitos reservados à Eupago - Instituição de Pagamento, Lda.